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Mais do mesmo!

Perdi as contas de quantos posts já li sobre castração, o quanto ela é importante pra nosso próprio gatinho e pra evitar que mais animais abandonados sofram nas ruas por aí.

Na semana passada, encontramos um gato lindo no lugar em que trabalho. Eu já tinha topado com ele um dia antes, mas não consegui pegar, daí, na esperança de reencontrá-lo, levei a caixa de transporte no carro. E, surpresa, no dia seguinte ele estava dentro do prédio em que trabalho!

Pq me colocaram na cadeia?? Eu só estava vadiando por aí!

Pq me colocaram na cadeia?? Eu só estava vadiando por aí!

Minha ideia, desde a primeira vez que topei com ele, era levar, castrar e, caso não conseguisse quem o adotasse, tornar a soltá-lo. Quando comentei isso com uma das meninas do trabalho (que tem gatos), ela ficou brava e disse: se pretende soltá-lo novamente, deixe ele inteiro pra que possa se defender…

Oi?? Eu fiquei chocada que uma pessoa que tem gatos pense dessa forma! Ele solto, seriam, ao menos, cinco ou seis gatinhos a mais, a cada dois meses, abandonados por aí. E percebi o quanto as pessoas ainda não se deram conta da importância de castrar, pelo menos, os animais que mantém sob suas próprias guardas.

Por isso, é importante escrever sempre, falar sempre e frisar pros mais próximos a importância de castrar seus bichinhos e, quando sobrar uma graninha (o que é bem difícil, eu sei), colaborar com as campanhas de castração da cidade. Sei que isso é função do poder público, mas os animais não votam, por isso, ainda não são prioridade ou não recebem a atenção que deveriam.

Castrar evita reprodução desenfreada, evita que os machos briguem e se machuquem em disputa por fêmeas ou território, evita a transmissão de doenças, previne câncer e, consequentemente, aumenta a expectativa de vida do bichinho.

Gatos castrados não ficam tontos, continuam os mesmos, porém mais caseiros e calmos, portanto, mais propensos a engordar. Por isso, a gente precisa dar diversão pra eles, brincando, instalando prateleiras e arranhadores. Eu tenho um exemplo ótimo em casa. O Chico foi castrado quando tinha 4 meses. Hoje, com dois anos e meio, ele mantém o mesmo peso há mais de um ano. Mesmo quando ficou 45 dias confinado, após a cirurgia, não passou da marca dos 3,5 quilos. Já Alice requer atenção constante, pq engorda com facilidade e é pequena, então a gente não dá guloseima, só alimenta com ração e sachê pra gatos castrados.

Não castrar não deve ser uma opção. É só pensar na dor, tristeza e dificuldades que um filhote pode passar, nascendo em terreno baldio ou casas abandonadas. Seu gato macho pode ser o pai deles e, assim, vc é o responsável por tanto abandono. Sua gatinha, que toma anticoncepcional, pode ter um tumor gravíssimo daqui a alguns anos. E a responsabilidade foi tb toda sua!

Sei que quem vem aqui sempre (apesar do abandono de ultimamente! Rs!) tem essa consciência! Mas espero que algumas visitas ocasionais possam se informar e se conscientizar sobre a responsabilidade desse ato de amor! Esse post é uma espécie de desabafo…

O gatão da foto foi adotado e ganhou o nome de Clark! É mesmo um super gato!

 

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Castração

ai, esse antibiótico dá um soninho...

Se a Anne Geddes me descobre, desiste de fotografar bebês…

Essa na foto é a margaridinha, da minha amiga Aveliny, em recuperação depois da castração. Por tudo que já li, não existe dúvida sobre os benefícios de se castrar nossos pequenos, mas a Margarida passou por uma experiência muito ruim com a cirurgia dela.

Todos que já castraram seus animais devem ter assinado um termo se responsabilizando pelo processo. Alice veio pra casa já castrada, se recuperando. A gente acredita que ela tinha entre 6 e 8 meses (tenho até minhas dúvidas se ela já não foi mamãe, pq tem a barriguinha meio flácida e cuida do chico com tanto zelo! – aliás, merecendo outro post como a minha menininha ta voltando ao normal com o desenvolvimento do Chico!! E como ele está com adolescentices!). A cirurgia da Alice foi tensa, fizeram um corte duas vezes maior do que o necessário, infeccionou, tadinha, sofreu um bocado.

Quando foi a vez do Chico, levamos quando tinha quatro meses. Foi super simples, ele dormiu na clínica só por precaução, mas no dia seguinte já estava pulando e escalando tudo! Eu assinei esse termo e fiquei morrendo de medo que ele tivesse alguma reação à anestesia.

Pois é, com ele foi tudo bem, mas a Margaridinha sofreu o que todos os donos têm receio: choque anafilático provavelmente por causa da anestesia. O choque causou um edema pulmonar e cegueira, a pequeninha teve de respirar com aparelhos e ficou um tempinho em coma. A Vê ficou desesperada. A sorte foi que Margarida estava em Brasília numa clínica especializada em gatos. Com muita dedicação e carinho a Margarida foi voltando e agora já está toda serelepe e recuperada, inclusive da cegueira que foi temporária.

Perguntei pra um veterinário amigo nosso qual a probabilidade de um animal sofrer um choque desses durante uma cirurgia de castração e ele disse que são mínimas. Mas que gato, como nós sabemos, são sempre mais sensíveis. Por isso, é importante que seja feito um teste antes da cirurgia pra saber se o bichinho não terá nenhuma reação.

Então, pra quem ainda não castrou seu peludinho, não deixe de fazer. Além de deixar os pequenos menos rueiros, a castração diminui consideravelmente os riscos de câncer e tumores. A história de que os filhotes não brincam mais depois de castrados é uma bobagem. O Chico só não é mais arteiro e brincalhão pq é um só. Tb existe a lenda de que o animal para de crescer e engorda. O Chico mais uma vez contradiz a lenda: está maior do que a Alice e tão magrelo , mas tão magrelo, que parece uma varetinha.

Uma abordagem muito legal sobre castração é a do Amor & Miados. Especialmente no que diz respeito a castração pediátrica. Vale muito a pena ler! Respeito muito o trabalho deles, principalmente no projeto Felinos Urbanos.

Castrar é inquestionável! O que a gente tem de ficar atento, no entanto, é se o nosso peludinho pode ser castrado em determinada ocasião, se não vai ter nenhuma reação à anestesia, se está em condições de saúde, enfim, observar pequenos detalhes pra que uma cirurgia simples não se torne um big pesadelo, como foi pra Margaridinha!